O Catálogo raisonné é uma forma de inventário, não só as obras do artista e seus dados, como do histórico destas em exposições e outros
documentos que comprovem sua originalidade. (veja mais sobre isto no post Tipos de Catálogos)
Propomos o Acervo Vivo em seu deslocamento metaprocessual: um catálogo raisonné online em que se armazenam e atribuem significados de forma fragmentada (e indexada) e não necessariamente hierárquica.
Embora seja feita a catalogação do acervo com o (ou do) artista autor da obra, há também uma perspectiva flusseriana política da arte, do
coconhecimento, da covalorização das experiências entre os atores do Sistema da arte (e, portanto, da sociedade) e não apenas dos “guetos” (as instituições e plataformas que se apropriam do fazer artístico). A arte faz sentido quando pensada para ser pública, como algo que emerge deste processo complexo de apreciação, fruição e apropriação coletiva do que foi proposto pelo artista. De acordo com Flusser, o artista torna o início possível (1982).