Nadia Saad

Nadia Saad, artista visual há quase 40 anos, escolheu a cerâmica como suporte principal para a sua expressão.

Em projetos colaborativos e interdisciplinares com químicos, biólogos, geólogos e artistas, ela produz, com suas cerâmicas, instaurações, instalações, vídeos, fotografias e cartografias que buscam tencionar as dicotomias que pesquisa, tais como entre arte e ciência, ou ficção e realidade.
Nadia abre mão de modelos tradicionais e dedica-se a experiências em busca de atalhos e resultados inéditos. O que move a artista é a sua curiosidade em relação aos materiais, e tudo começa com experimentos; o resultado deles são agentes potencializadores que se revertem em inspiração criativa. De acordo com a química, Regina Guaranha, Nadia “faz a matéria falar”. A partir de uma ideia, investiga, por meio de tentativa e erro, soluções para criar ambiguidades de interpretação no objeto criado, ora acentuando a rusticidade da argila, ora a delicadeza da porcelana. Assim, Nadia coloca em cheque as noções convencionais sobre a origem da matéria com que trabalha, subvertendo o que imaginamos serem os processos da natureza.
Nadia Saad participou de várias exposições individuais e coletivas. Entre as coletivas mais recentes estão a NP Art, Beneficente (2022), realizada na Associação Cultural e Esportiva Piratininga, com o apoio do NEB, e a exposição Transmutação (2021), na galeria Sp Flutuante. A sua mais significativa exposição individual foi “Ponto de Mutação”, realizada em 2009 no Banco Central do Brasil, em São Paulo. Além disso, recebeu diversos prêmios, sendo os mais significativos: primeiro lugar na categoria artística/conceitual do concurso “A Xícara do Museu”, promovido pelo Museu do Café de Santos (2020); o Grande Prêmio Bunkyo, pelo conjunto da sua obra, no contexto da comemoração aos 100 anos da Imigração Japonesa no Brasil (2008); e o primeiro lugar do Prêmio Bunkyo de Arte Craft (2007).