Desde criança ouço um pouco de tudo sobre a Amazônia.
Ela se estende, incitando com seus vastos e densos quilômetros a nossa imaginação.
Com seu extraordinário e cobiçado ecossistema, a floresta vem sofrendo abusos há décadas. Seus rios aéreos e as pequenas e poucas comunidades indígenas se tornaram termômetros e sinalizam esta exploração. Fecho os olhos e penso na Amazônia…consigo compará-la somente ao ventre materno, nas trocas biológicas incrivelmente perfeitas onde tudo conspira para gerar a vida.
Contudo, ela transpira cansada, esperando que nossos olhares sejam generosos e dotados de respeito para com seu universo.
A série traz através das cores, técnicas e materiais como o uso do arame farpado, retratar um pouco deste apelo.
Somos parte dela, e ela, parte de nós.