Rolila

Rolila

Evoco a imagem de uma mulher que se sente conectada com sua natureza instintiva e livre, seguindo seu próprio caminho e propósito na vida. Ela não se submete às convenções sociais ou limitações impostas pela sociedade, mas sim segue o seu próprio caminho, determinado por sua essência selvagem e autêntica. Voa a mulher que sente conexão à sua natureza mais instintiva, livre e independente, e acredita que seu destino está entrelaçado com essa autenticidade selvagem. Ao abraçar nossa autenticidade encontramos a cura, crescimento e plenitude.
A Mulher Selvagem desenha seu próprio destino, 2023
Cerâmica de alta temperatura, Impressão 3D, Metal e Madeira
44 x 20 x 20 cm

Rolila

“La loba” é um conto do livro “Mulheres que Correm com os Lobos”, de Clarissa Pinkola Estés, que simboliza a cura e o resgate da natureza instintiva das mulheres. As “lobas” representam a essência selvagem, a intuição, a força interior e a sabedoria ancestral que podem ser perdidas devido às pressões sociais e experiências traumáticas. No conto, a loba canta sobre ossos para trazer renascimento e cura. A obra busca abraçar essa essência, explorando a força interior, reconectando-se com a intuição e aceitando todas as partes que compõem a história, incluindo feridas e fragmentos perdidos ao longo do caminho.
La Loba, cantando sobre ossos, 2023
Cerâmica de alta temperatura, Impressão 3D, Metal, Madeira e Vidro
34 x 20 x 20 cm

Rolila

A obra destaca Poliana, uma personagem conhecida por sua visão otimista da vida e seu “jogo do contente”. No entanto, busca-se explorar a linha tênue entre otimismo e engenhosidade. É importante ter consciência dos limites em que o otimismo pode se tornar engenhosidade. A obra reflete sobre a diferença entre uma mulher sábia, que recusa o veneno, e Poliana, que o aceita, mesmo sabendo do seu efeito devastador. Reconhecer nossas vulnerabilidades é essencial, e o otimismo não nos torna invencíveis. Em vez disso, devemos tomar medidas adotadas para superar nossos desafios.
Poliana, irmã mais nova, 2023
Cerâmica de alta temperatura, Impressão 3D, Metal, Madeira e Vidro
34 x 20 x 20 cm

Rolila

A obra retrata a mulher que vive de acordo com as expectativas e regras impostas pelos outros, em vez de seguir seu próprio ritmo e prioridades. Ela sente a pressão de se conformar com as normas sociais e prioriza as necessidades dos outros em detrimento das suas próprias. A obra questiona para que?
Para o bem de quem?
Mulher Moderna, tempo dos outros, 2023
Cerâmica de alta temperatura, Impressão 3D, Metal, Madeira
28 x 28 x 16 cm

Rolila

A Síndrome de Estocolmo é um fenômeno em que uma pessoa sequestrada desenvolve sentimentos de afeto pelo sequestrador. A expressão “jóia de alguém” não está diretamente relacionada à síndrome, mas simboliza o amor que nutrimos por vezes em gaiolas invisíveis, como ser considerado posse. A obra questiona o que nos impede de voar quando somos livres.
Jóia de alguém, Síndrome de Estocolmo, 2023
Cerâmica de alta temperatura, queimada em forno elétrico. Impressão 3D, Metal, Madeira
44 x 20 x 20 cm

Rolila

A Síndrome do Impostor é uma sensação persistente de inadequação em que o indivíduo duvida de seu próprio sucesso. Essa obra retrata uma mulher que vivencia essa síndrome, sentindo-se desajustada e subestimada. Ela questiona a possibilidade de se libertar das opiniões alheias e se permitir voar sem medo.
Impostora, Patinho Feio, 2023
Cerâmica de alta temperatura, queimada em forno elétrico. Impressão 3D, Metal, Madeira
44 x 20 x 20 cm

Minha voz

Como um amigo confidente, o barro escuta atentamente, faz boas perguntas e instiga reflexões mais profundas. Me força então a cavar mais fundo e revelar memórias ocultas, espaços vazios e sonhos engavetados. É como uma tarde serena de frio em dia ensolarado, intercalada de risos, silêncio e um bom chimarrão, na qual a nossa conversa vai se aprofundando.
Assim que estabelecemos nosso diálogo (eu e o barro), sinto meus ouvidos sintonizando uma frequência que não costumam captar em outros lugares. Iniciamos o processo de modelagem, transformando nosso encontro em uma dança. É uma coreografia ritmada em conduzir e se entregar, moldando assim um ao outro.
Embora não conheça toda a coreografia, estou completamente envolvida e percebo fragmentos do que sou/fui ganhando novas formas. Meus olhos, que são mãos cheias de dedos, permanecem atentos. Assim, concordamos que minha parte na performance consiste em transformar em símbolos o que nossa união revela sobre a vida neste momento.
O barro sabe que sou iniciante e é gentil em permitir que eu me reinvente. Ele me incentiva a respirar mais devagar, a dançar a dança do tempo e a compreender que não sou eu quem dita o tempo, mas sim o que faço com ele. Aos poucos, arrisco novos passos. Continuamos dançando, ora como antigos amantes, ora como crianças livres inventando passos no jardim.
Por enquanto, dançamos ao ritmo de “me curar de mim”, de Flaira Ferro.
Assim, até aqui, cada coleção é uma metáfora dos meus diferentes “eus”, já que “para me encher do que realmente importa, preciso me esvaziar”!

Rolila

Rolila é Ceramista, Designer e Artista Visual, graduada em Design de Produto e Gráfico. Natural de Bagé, atualmente reside e trabalha em Porto Alegre. Idealizadora do coworking Bando Coletivo Criativo, atua como consultora em desenvolvimento de Branding e Identidade Visual.
No seu ateliê, desenvolve produções artísticas autorais, que permeiam entre ilustrações, cerâmica e outras formas livres de expressão e também é onde ministra cursos voltados de cerâmica aliados a ao design gráfico e de produto e ainda de criatividade e expressão.

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