Textos de participações em eventos de Design e Arte
CADERNO DE RESUMOS E ENSAIOS [CURTOS]: DIÁLOGOS EM DESIGN – EDIÇÃO I/2022 – pag. 121
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Um recorte da minha pesquisa de mestrado, logo após a banca de qualificação.
Resumo
Catálogo pode ser um termo genérico no sistema da arte e, publicado, passa a ser estático e temporal. Porém, a processualidade da catalogação permite uma abertura ao invés do fechamento do catálogo. Então, como a experimentação em design estratégico, associada à abordagem do portfólio anotado, pode orientar um deslocamento da processualidade do catálogo à metaprocessualidade de um acervo vivo? Está sendo realizada uma observação participante com artistas plásticos em distintos momentos de carreira – Ana Peña, Lou Borghetti e Rogério Pessôa – com vivências de experimentação. O objetivo é propor estratégias para a compreensão do catálogo como um acervo vivo e sua catalogação como uma atividade metaprocessual que fomenta o artista, gera um legado e potencializa a criatividade sociocultural.
Resumo
Arte e artefato são muitas vezes termos considerados distintos. Partindo da premissa de que artefatos são carregados de significado e que arte também expressa conceitos, o propósito é o de compreendera necessidade desta diferenciação. Este artigo buscou aprofundar, por meio de uma raiz comum, as relações entre as palavras arte e artefato. Foram consideradas suas distintas definições, de acordo com seus ambientes de origem, sendo esses, aqui, as artes plásticas e o design. Para tanto, foi construída uma narrativa, discutindo textos, principalmente, de Vilém Flusser e Herbert Simon. Foram perpassadas questões como: (1) O que é arte? (2) Natural ou artificial? (3) Qual a dialogia entre design e arte? (4) O contexto de consumo define o que é arte? Chegou-se a uma compreensão abrangente de que a classificação de um objeto como arte ou artefato pode ter pouca relevância, pois esta reside no expectador e não no criador.
Resumo
A transformação digital da arte já está em curso e os artistas mostram dificuldades em manter sua catalogação contínua, se utilizando das tecnologias e padrões existentes para a devida documentação e divulgação do seu trabalho. Entretanto, entendemos a
importância desse processo tanto para o registro histórico de uma sociedade como uma forma de promover o acesso à cultura. Desta forma, este ensaio destinou-se a compreender a problemática de engajamento do artista plástico com a catalogação digital de suas obras.
Parte-se, para isso, de uma perspectiva interpretativa experiencial do processo junto a esses profissionais da arte. Enfim, o ensaio mostra que a problematização gerada permitiu elucidar a existência de três eixos, em que processos e conceitos estratégicos de design possam ser experienciados, a fim de construir cenários futuros de engajamento do artista na promoção da sua arte, da sua história e do patrimônio sociocultural de uma nação.
Minha Arte, Minha História ou Patrimônio Sociocultural?