Catalogando Políptico: Obras em Múltiplas Partes

Aprenda a catalogar obras polípticas (dípticos, trípticos, etc.) no Acervo Vivo. Guia para artistas registrarem o conjunto, dimensões totais e os detalhes de cada parte individual.

Você já criou ou possui obras que são formadas por vários painéis, telas ou partes distintas que, juntas, compõem uma única unidade visual e conceitual? Se sim, você provavelmente está lidando com um políptico!

Um políptico é uma obra de arte que consiste em múltiplos painéis ou seções (duas ou mais) que são intencionalmente apresentados como um conjunto coeso. Tradicionalmente, o termo era usado para retábulos de igrejas com painéis articulados, mas hoje se aplica a uma vasta gama de obras contemporâneas em diversas mídias.

  • Exemplos comuns incluem:
    • Dípticos: Obras com duas partes.
    • Trípticos: Obras com três partes.
    • Obras com quatro (quadríptico), cinco (pentaptíco) ou mais partes.

Catalogar um políptico no Acervo Vivo requer um pouco de atenção extra para garantir que tanto o conjunto quanto suas partes individuais sejam devidamente registrados. Isso é fundamental para a documentação completa, avaliação, exposições e até mesmo para a venda da obra.

Este guia vai te mostrar como fazer isso de forma clara e organizada na plataforma.


Passo a Passo para Catalogar seu Políptico no Acervo Vivo:

1. Imagem Principal: A Visão do Conjunto

  • O que fazer: Para a Imagem Principal da sua obra políptica, você tem duas boas opções:
    1. Utilize uma foto que mostre o conjunto inteiro, com todas as partes dispostas como devem ser vistas.
    2. Se for difícil fotografar o conjunto, você pode criar uma montagem digital que apresente as imagens das partes separadas de forma clara e representativa do todo.
  • Importância: Esta imagem será a representação visual principal do seu políptico na Ficha Técnica e nas listagens da plataforma.
  • Como adicionar: Siga o processo normal para adicionar uma imagem principal. (Precisa relembrar? Veja: Como Adicionar a Foto Principal da Sua Obra no Acervo Vivo)

2. Ficha Técnica: Informações Essenciais do Políptico

Ao preencher a Ficha Técnica principal da obra:

  • Título da Obra:
    • Dica: No campo “Título”, é uma boa prática informar entre parênteses que se trata de um políptico (e talvez o número de partes).
    • Exemplo: Sem Título (Políptico – 3 partes) ou Paisagem Fragmentada (Díptico)
  • Dimensões da Obra (Totais):
    • O que registrar: No campo principal de “Dimensões”, insira as dimensões totais do políptico montado, como ele é exibido.
    • Importante: Se houver um espaço específico recomendado entre as partes quando a obra é instalada, inclua esse espaçamento no cálculo da dimensão total.
    • Exemplo: Se você tem um tríptico com 3 painéis de 50cm de largura cada, e recomenda 5cm de espaço entre eles, a largura total seria (50+5+50+5+50) = 160cm.

3. Guia “Detalhes” : Registrando as Partes Individuais

Esta é a parte crucial para detalhar a estrutura do seu políptico:

  • Número de Partes:
    • Na guia Detalhes, seção Dimensões do trabalho, procure o campo Conjunto, para que você possa informar quantas partes compõem o políptico (ex: 2 para díptico, 3 para tríptico, etc.).
  • Dimensões de Cada Parte:
    • Em seguida, você precisará registrar as dimensões individuais de cada parte do políptico.
    • Seja preciso: Ex: “Parte 1: 50 x 70 cm”, “Parte 2: 50 x 70 cm”.

4. Arquivos Adicionais (Fotos das Partes e Outros Documentos)

Para uma documentação completa, é essencial ter imagens de cada parte individual do políptico, além de outros arquivos relevantes.

  • Onde guardar: Utilize a aba ou seção + Imagens e Docs (ou similar) na Ficha Técnica da obra.
  • Organização:
    1. Primeiramente, se a pasta da obra ainda não foi criada no seu Google Drive através da plataforma, crie-a ou acesse-a usando os botões “Criar Pasta para o Trabalho” ou “Abrir esta Pasta”. (Para mais detalhes, veja: “Organize Tudo da Sua Obra: Adicionando Mais Arquivos e Fotos no Acervo Vivo“)
    2. Dentro dessa pasta no Google Drive (e também vinculando pela interface do Acervo Vivo, se preferir):
      • Adicione as imagens individuais de cada parte do políptico. Nomeie-as claramente (ex: “ObraX_Parte1.jpg”, “ObraX_Parte2.jpg”).
      • Guarde também outros arquivos importantes, como:
        • Versões das imagens em altíssima resolução (ex: arquivos .TIFF).
        • Registros feitos por fotógrafos profissionais.
        • Esquemas de montagem ou instalação, se houver.
  • Benefício: Essa organização garante que todas as informações e arquivos do seu políptico fiquem acessíveis, bem estruturados e seguros, tanto na plataforma Acervo Vivo quanto no seu Google Drive.

Conclusão:
Catalogar um políptico pode parecer um pouco mais complexo, mas seguindo estes passos e utilizando os recursos do Acervo Vivo, você garante que seu trabalho em múltiplas partes seja documentado de forma completa e profissional. Isso não só facilita a sua gestão, mas também valoriza a obra aos olhos de quem a vê.


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