Catalogar é desacomodar

O deslocamento de que trato, aqui, não tem grandes pretensões, talvez não exista separação de termos catálogo e catalogação, ou entre a documentação (Arquivo de atelier), a narrativa sobre as obras e os processos de catalogação no atelier. Entendo o deslocamento como uma desacomodação.

Convido para nos deslocarmos, a todos, para ver o processo da catalogação (seja ele qual for, no atelier, na galeria, no catálogo ou até a falta da catalogação). Uma abertura, iniciada em uma proposição de pausa.

Primeiro a pausa para se abrir para refletir, depois a observação e depois se seguem os critérios e modos metaprojetuais de que se queira lançar mão. Mas primeiro a pausa, a abertura que precede o deslocamento, o movimento. Não busco construir um modelo de catálogo específico, um padrão, mas esse deslocamento contínuo da catalogação; nos deslocarmos do catálogo à catalogação ao Acervo vivo. O Acervo vivo poderia ser o aglutinador de tudo o que se refere às obras e arquivo fomentando sua criatividade e revelando seu legado sociocultural.

Trecho da minha dissertação: Do Catálogo ao Acervo Vivo de um artista, uma Experimentação em Design Estratégico (2022), em Leituras disponíveis.